DESGRAÇA POUCA ERA BOBAGEM

Investigações do Lixão de Itaóca pode acabar em barraco.

A CPI dos Lixões, instalada no mês passado na Alerj, descobriu que os catadores

do Lixão de Itaóca, paralisado em 2012, estão mais na miséria. O Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, que participou da audiência publica da CPI destinada a investigar e apurar as causas e conseqüências do uso e permanência dos lixões no estado, presidida pelo deputado petista, Sadinoel, denunciou que os catadores agora são vitimas da falta de um planejamento de inserção social e desenvolvimento econômico.

Desativado pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos mas não extinto, o antigo lixão continua recebendo aterro irregular e é o que tem aliviado o sofrimento da população local que ainda consegue ali material reciclável para venda e as vezes até alimentos. Das cerca de 700 famílias que viviam no lixão, 200 continuaram no local que agora, sem o dinheiro do governo, afastou as entidades que juravam amor incondicional pela

causa e não pelas verbas, que também deverão ser ouvidas pelos deputados para explicar como gastaram o dinheiro recebido em nome da pobreza do lixão.

Durante anos o Lixão de Itaóca foi igual ao Nordeste Brasileiro, igual a Baia de Guanabara e igual a história do filho do médico que, também formado médico, curou uma ferida em um paciente, tratada há anos pelo pai. Um sorvedouro de dinheiro, verbas publicas angariadas por ONGs e universidades, arrecadações e gastos sem qualquer transparência, o lucro em cima da infelicidade, o lixo do Lixo. A política publica que anunciavam também merece estar também na CPI  sofrendo inquérito e auditoria por ser responsável pela história mais triste da história do lixão: a miséria da mísera miséria.

“O Governo Federal e a Prefeitura prometeram construir 2.100 casas para os catadores da região, mas até hoje nenhuma construção foi feita”, lamentou Adeir Albino da Silva, ex-catador do lixão, brasileiro que ainda acredita no Brasil.